segunda-feira, 27 de abril de 2009

Importante saber.

No caso de uma mulher ou jovem ser violada, pode recorrer à contracepção de emergência (existe um limite de 120 horas para a tomar, mas quanto mais cedo for tomada mais eficaz tende a ser), a fim de se evitar uma possível gravidez. E, qualquer pessoa, perante uma situação destas poderá recorrer à toma de medicamentos anti-retrovirais. Basta que se dirija às urgências de um Hospital.

Podes consultar os artigos do Código Penal relativos a crimes de índole sexual

O que fazer nessas situações? Quem contactar?

É importante que as vítimas falem sobre o que lhes aconteceu, com pessoas competentes e com formação nesta área.

Existem Gabinetes de Apoio à Vítima, assim como outros espaços que te podem ajudar e orientar nesta situação. Para obteres estas e outras informações, podes telefonar:

  • Sexualidade em Linha – 808 222 003
  • Associação Portuguesa de Apoio à Vítima – 707 200 077
  • SOS Criança – 800 202 651/217 931 617
  • Gabinetes de Apoio à Sexualidade Juvenil – Direcções Regionais do IPJ (consulta o site: www.juventude.gov.pt)
  • PSP, GNR ou Polícia Judiciária
  • Hospitais, Centros de Saúde, o Médico de Família, entre outros Técnicos de Saúde.

Se não quiseres ir sozinha(o), podes levar uma pessoa amiga, alguém que confies e esteja contigo.

Quando telefonares, lembra-te que do outro lado há sempre alguém que te ouve, respeita e te pode ajudar!!!

Não te esqueças que todos estes serviços são anónimos e confidenciais.

O que podes fazer, quando te sentires preparada(o)...
Reclamar justiça para recuperar a tua própria dignidade; evitando assim que estas agressões tenham efeitos nefastos em ti e/ou em outras pessoas.

A razão está do lado de quem é violentado. Mesmo passado muito tempo é sempre tempo de contar e fazer justiça.

As situações deviolencia sexual são,muitas vezes dificieis de denunciar ou sinalizar

Porque o medo da vítima induz ao silêncio e ao segredo, protegendo desta forma o agressor. A violência sexual é imposta, não corresponde portanto às necessidades de quem é abusado, violado ou assediado, seja qual for a sua idade, sexo, estado civil, profissão ou laço de parentesco. Frequentemente, um dos motivos que leva a vítima a guardar silêncio sobre o acto que sofreu, é o facto de poder vir a ser também vitimizada socialmente quando o denuncia.

“O silêncio não ajuda a esquecer, por vezes até aumenta a raiva e o sentimento de injustiça.”

A violencia no Casal.

Pode acontecer num casal, um ou outro, não deseje ter relações sexuais. A violação é outra forma de violência sexual, que a maior parte das leis define como agressão sexual com penetração sem consentimento mútuo.
O importante a saber é que se trata de um acto de violência física e/ou psíquica que condiciona a liberdade do outro, obrigando-o a aceitar comportamentos sexuais que não deseje.

Como se define o assediosexual?

O assédio sexual é um conceito que se poderá definir como uma forma de pressão sobre outra pessoa, abusando da sua autoridade ou da dependência hierárquica, com o fim de lhe impor relações sexuais ou outras práticas que esta não deseja e que, portanto, de algum modo a(o) violentem psicologicamente.
Explicando de uma forma mais simples, o assédio sexual são comportamentos provocados ou gestos de carácter sexual que humilham a pessoa e não têm minimamente em conta aquilo que ela sente.

Sabias que:
  • A expressão de violência só se usa nos crimes sexuais contra maiores, contra menores toma o nome de abuso sexual de crianças ou outro, consoante a idade do menor e as circunstâncias.
  • Enquanto que para os maiores de idade o consentimento é que determina a existência ou não de crime, para os menores de idade não existe esse circunstância. É sempre ou quase sempre crime independentemente da “vontade” da(o) menor.

O que incesto? E,a pedofilia.. O q e?

O que é o incesto?
As relações sexuais que acontecem dentro de uma determinada família. As crianças ficam perturbadas e com medo com estas situações que acontecem com adultos (pai ou mãe) ou com irmãos/irmãs.

E, a pedofilia... O que é?

Pedófilo é um adulto (homem ou mulher) que se sente atraído por crianças. Isto é, alguém que abuse sexualmente de um menor é um pedófilo (quer seja através de um contacto físico, quer seja tirar fotos de carácter sexual e expor estas imagens).

O que se entendepor abuso sexual?

Os abusos sexuais contra menores são todas as situações em que crianças e adolescentes são utilizados pelos adultos para ter prazer sexual, quer pela violência, pela sedução ou chantagem.

Consideram-se ainda como situações de abuso, as práticas de carácter exibicionista perante o outro, obscenidade escrita ou oral, obrigatoriedade de assistir a espectáculos pornográficos, o uso de objectos pornográficos, ou ainda se o menor é usado para fins fotográficos ou filmes de índole pornográfica (art. 171º Código Penal). Estas definições compreende crimes contra a autodeterminação sexual de crianças (menores de 14 anos).

A saber:
  • Qualquer acto sexual com um menor de 14 anos é considerado abuso.
  • Entre os 14 e os 16 anos considera-se abuso se for provado que houve aproveitamento de inexperiência do menor, por parte de um adulto.

Quais as Formas de violencia sexual?

A violência sexual envolve todos os comportamentos sexuais, podendo tornar-se progressivamente mais intrusiva ou invasiva. Inclui:

  • Contactos físicos;
  • Exploração sexual;
  • Prostituição infantil;
  • Pedofilia;
  • Pornografia;
  • Comportamentos sem contacto físico como o exibicionismo, visualizar e produzir material pornográfico, entre outros.

Sabias que:
Forçar alguém a ter uma relação sexual para a qual ele(a) não deseje, quer seja por violência, chantagem ou pressão (com ou sem penetração), é crime punível por Lei, seja por pessoas estranhas ou conhecidas.

O que e violencia sexual??

A violência sexual
Apesar do silêncio, a violência não deixa de ser um dos maiores problemas sociais deste século. A violência exercida, por parte dos pais, familiares e outros membros da sociedade, engloba actos que provocam na criança ou no adolescente danos ao nível do desenvolvimento físico e psicológico.

As marcas físicas e psicológicas da violência podem ser intensas e não falamos apenas de ferimentos, infecções sexualmente transmitidas ou gravidezes não desejadas. Não podemos esquecer que o uso da coacção psicológica, da “chantagem” enquanto abuso do poder, é também frequente, sendo em muitos casos, uma forma que o agressor usa para confundir e criar situações de grande ansiedade e angústia na vítima.

Existe violência sexual a partir do momento em que alguém (homem, mulher, rapaz, rapariga) é forçado a ter relações sexuais (com ou sem penetração).

O que é a violência sexual?

  • as situações de abuso, violação e assédio sexual.
  • qualquer acto de natureza sexual não consentido.
  • a agressão focalizada na sexualidade da pessoa, mas que a atinge todo o seu ser.
  • um crime punido pela lei.
Cada pessoa tem direito de escolher ter ou não um contacto sexual. O facto de se utilizar a sexualidade para chantagear e humilhar alguém, é reconhecido pela Lei como uma agressão punível. Mesmo numa situação entre casamento ou namorados.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ocultar dados não evita assédio sexual na web, diz estudo.

Evitar a divulgação de dados pessoais na internet não garante que crianças e adolescentes estejam a salvo de abordagens ou de assédio sexual. É o que diz um estudo publicado nos Arquivos de Medicina Pediátrica e Adolescente dos Estados Unidos.
Os pesquisadores não encontraram evidências de que compartilhar informações pessoais aumenta as chances de que os usuários sejam vítimas de crimes online, como solicitações sexuais não desejadas ou assédio.
A vitimização seria mais um resultado do comportamento do usuário, como falar de sexo com pessoas que não são conhecidas pessoalmente ou intencionalmente envergonhar alguém na internet.
Michele Barra, uma das autoras do estudo e também presidente da ong internet Solutions for Kids, alerta que parentes e educadores não devem orientar as crianças a deixarem de se comunicar, mas sim ensiná-las quais comportamentos devem ser evitados. “Precisamos ser mais específicos em nossas mensagens”, diz.
A pesquisa se baseou em entrevistas por telefone com 1.500 usuários de internet com idade entre dez e 17 anos. Em um outro estudo de 2004, publicado no Jornal de Saúde Adolescente americano, pesquisadores descobriram que os crimes raramente envolvem criminosos que mintam sobre sua idade ou motivações sexuais. A pesquisa diz ainda que os criminosos geralmente não são estranhos.
“A maioria dos casos de vitimização sexual ocorrem nas mães de pessoas que os criminosos conhecem e muitos acontecem com pessoas que são amigas”, diz Janis Wolak, co-autor de ambos estudos e membro do Centro de Estudos de Crimes Contra Crianças da Universidade de New Hampshire.

O estudo também descobriu que as vítimas de crimes online tendem a ser adolescentes com problemas fora do mundo virtual, como pouco relacionamento com os pais, solidão e depressão.
Mancy Willard, autora do livro “Crianças ciber-seguras, adolescentes ciber-experientes”, diz que os criminosos não precisam juntar pistas de informações pessoais para pegar crianças quando eles têm um meio mais fácil - os adolescentes, especificamente, costumam ter alguns comportamentos de risco, como postar imagens provocantes em seus perfis em sites.
Muitos especialistas em segurança na internet acreditam que os pais e educadores não devem baixar a guarda em relação a orientar as crianças a não postarem informações pessoais em sites.
“O único jeito do crime acontecer é se crianças e adolescentes acabarem conhecendo o estranho, e isso acontece quando eles dão seus dados pessoais”, diz Susan Sachs, policial chefe que trabalha com a ong Common Sense Media.

Temos q dar um geito nisso

Jogo japonês de computador, que simula estupros, pedofilia e aborto, o RapeLay, é oferecido por ambulantes nas ruas do Rio e São Paulo. O jogo está também em sites e tem como foco a violência sexual, sem que haja providência do Ministério Público. Causa perplexidade nossa legislação não tipificar o assédio sexual simulado de crianças e adolescentes. É uma vergonha.

As crianças são mercadoria cobiçada em muitos países, sobretudo nos mercados sexuais da Ásia. Meninas e adolescentes são vendidas pelos próprios pais que, ludibriados, acreditam que, dessa forma, podem escapar da miséria. Do famigerado comércio encarregam-se organizações criminosas, como a Yakusa japonesa, a Tríade chinesa e a máfia russa.

As vítimas praticamente carecem de direitos em que se apoiar, não tendo chance de se livrar dos algozes. Quase sempre criminosos se apressam a tomar conta desse negócio, como fazem no comércio de drogas. O tráfico, no Rio de Janeiro, controla uma rede de prostituição de jovens.

Tais atividades florescerem com a colaboração de policiais inescrupulosos. Os responsáveis por tanta miséria, no caso do narcotráfico e dos jogos que simulam aberrações sexuais, se escondem em moradias e escritórios de alto nível, são proxenetas que estimulam o trabalho sujo de marginais.

Estes querem satisfazer suas necessidades ilegais, despreocupados com as consequências. Quem tudo encara com o critério único do dinheiro torna-se responsável pelo fato de tudo acabar sendo comprável, inclusive pessoas. A realidade é que o vício do sexo violento e lucrativo é difundido. Já o vício do amor é inconcebível.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Assédio Sexual

Exploração sexual na juventude é tema de debate no Cabo


O Grupo Homossexual do Cabo (GHC) está realizando, nesta sexta-feira (13/03), o I Seminário Pernambucano de Combate à Exploração Sexual Infanto-Juvenil e Uso de Drogas. O evento tem o apoio da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho e várias entidades. Ele teve início pela manhã no Teatro Barreto Júnior, no Centro do Cabo, e vai até às 17h.

Ao todo, 40 pessoas foram convidadas para o seminário. Entre elas, integrantes da Secretaria Municipal de Programas Sociais e da Mulher, do Conselho Tutelar e da Vara da Infância.

“O nosso objetivo é discutir essas questões, que são muito delicadas, e trazer esclarecimento para a população sobre a exploração sexual e o uso de drogas”, disse o coordenador do Seminário, Marcelo Rhwushansky.

De acordo com ele, as palestras vão tratar de assuntos como a exploração e o abuso sexual, e esclarecer sobre esses dois pontos. “A exploração sexual é quando se usa a imagem da criança pornograficamente. Já o abuso é o assédio sexual propriamente dito”, explica Marcelo.

Em relação às drogas, o seminário irá tratar dos efeitos que elas provocam, tanto fisicamente, quanto no ambiente familiar e social.

“Infelizmente, a violência e a exploração sexual só está aumentando. Então, tomamos a iniciativa de promover essa discussão, para que ela ganhe mais atenção na sociedade”, comentou o presidente do GHC, Fernando Rodrigues.

O Grupo Homossexual do Cabo existe desde 2003 e atua contra o preconceito e a pedofilia. Ele organiza a Parada da Diversidade do Cabo, seminários, formações de grupos, a Semana da Diversidade, entre outros eventos.

O I Seminário Pernambucano de Combate à Exploração Sexual Infanto-Juvenil e Uso de Drogas conta também com o apoio do Fórum LGBT de Pernambuco, da Cese (Coordenadoria Econômica e Serviço) e de outras entidades.